Estou vivendo dentro de um quadro de Dalí.
A verdade sorri enquanto a mentira gargalha e se escuta longe e se escuta alto…
E no meio do caminho estão os pecados… nada pode ser mais íntimo que confessar seus pecados…. a sensação inebriante de devassar seus segredos e cuspir na cara do outro que te interroga, a verdade!
Mas, acostumados com a mentira desconfiam… como se a verdade estivesse tentando os enganar… como se ela quisesse os engolir, quando em realidade ela só quer passar a língua, a ponta da língua na consciência… eu sei, eu sei, as vezes a verdade é tão surreal que a mentira cairia bem!
Compreendo so-le-ne-men-te!
E assim, vão ter dias, como hoje, em que a moralidade vai te arranhar a alma, e você vai querer mudar-se pra dentro de um quadro de Romero Britto… acalme-se, pior que a metafísica da existencia é a vida na normalidade, onde estão aprisionados os que te julgam, te condenam e se absolvem, sem se darem conta que o maior dos pecados é o deles, a negação.
Negar-se é negar a Deus. E isso não tem nada a ver com religião, muito menos com política…