As dores que já conheço não me causam mais nada. Preciso de dores novas.
Paixão não me abate, amor não me amansa. Preciso de algo entre o trivial e o obtuso. Algo que quebre o resto dos ossos que me sobram intactos.
Algo que incite um dilúvio. Que conecte Deus ao pior de mim… pra que ele veja bem de perto como o mundo que criou assopra no ouvido da alma, impelindo a mais doce menina a salivar ante um coração desesperado.
Fome. Sódio. Serpente. Tudo mata quando chega a hora. Não espere mais! Run Forest! Run! Anjos só perdoam se for por amor… mas nunca é… nunca foi.
E quem inventou o amor? Um caolho? Um leproso? Um diabético?
Almas indiciadas não se importam… não pedem socorro, socorrem e lançam. Não temem a dor, a domam. Estão acima de qualquer paralisia cardíaca… Almas indiciadas querem sempre mais, mesmo que tenham que decepar seus convidados e ao fim do banquete amputar-se.
O que me resta? Só resta vestir-me de vermelho e esperar pelo touro…
Deixe um comentário