Quando Nietzsche matou Deus, a ciência já havia matado todos os Deuses e já havíamos perdido a imaginação. Aquela imaginação que não se detêm diante das verdades científicas, imaginação genuina, sem ensaios sem entraves.
Nossa mente foi acorrentada às delimitações e não podemos mais ser salvos por nós mesmos. Estamos em um laboratório mas não somos cobaias de Deus, somos o placebo do Diabo.
Ele nos faz pensar que estamos sendo alimentados pelo divino quando nosso enxerto é pus e fezes. O Diabo se diverte com o excremento enquanto Deus se ajoelha e ora.
E nós?
Eu penso em Ícaro… mas sei que apenas nos resta esperar atentos e ansiosos por uma distração dos chefes do laboratório, e nesses parcos momentos de liberdade, em que não estamos sob vigilancia nem de Deus nem do Diabo, acessar nossas vidas ficticias nas redes sociais, respirar a inveja e a soberba que emana delas e nos sentir aliviados e completos por sermos parte, mesmo que seja de um mundo de faz de conta…
Essa foi a imaginação que nos sobrou depois de Nietzsche e Galileu! Seres microscópicos num laboratório invisível, esperando que a guilhotina falhe e nos liberte da sentença, bem alí, em praça pública.
Depois um café, e o próximo cigarro que nos brindará um câncer. Amém!
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