No dia em que me despedi, nada entendi daquela dor… daquele amor que enterrou todos os outros.
Meu olhar de destruição… o seu, ruínas… frases que não tomaram forma porque inventaram aquela maldita palavra que nos isenta de tentar compreender: inefável! I-ne-fá-vel…
Ainda morro de vez em quando tentando achar o gatilho… encontro, e justo nesse dia a coragem se desencanta e pede um dia mais, dou… sempre dou tudo que me pedem… nessa ganância desenfreada de desculpar-me por ter nos empurrado contra o tempo que latia no meu calcanhar.
Tentar compreender o que sinto seria sacrificar a elegância da sensatez, ninguém se atreve, nem mesmo eu… não posso exigir isso de ti, descanse.
Descanse, e me odeie, mas me odeie em silêncio… ele corrói mais que gritos, que insultos, que acusações… e talvez seja isso o que mereça.
Mas se um dia quiser me amar não venha sem medo, todo cuidado é inocente quando encara minha malícia aterrorizada, que quer endividar para escravizar.
No dia que me despedi deixei pra traz a vida que era só sua, para ti. Deixei para traz o anseio de desejar de novo com essa força… e abandonei qualquer impulso de ter… e de pertencer… tudo naquele dia, em que me despedi…
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